#04 Dossiê [em]curtas | O PIXEL CHAMADO BRASIL: IDENTIDADES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CINEMA DIGITAL BRASILEIRO EM CURTA-METRAGENS CONTEMPORÂNEOS

 

ARTIGO
Por Leonardo Martinelli¹

¹Mestrando em Comunicação Social na PUC-Rio. E-mail: leonardomartinelli.nave@gmail.com

 

Resumo:

Através da perspectiva das mudanças geradas pelo cinema digital, o texto busca uma reflexão sobre a desterritorialização dos meios de produção audiovisual e as políticas de representações narrativas e estéticas em curta-metragens nacionais contemporâneos. Discutindo a herança cultural de Alma no Olho (1974, Zózimo Bulbul, 11min) dentro do cenário do cinema negro brasileiro hoje, buscamos entender as novas possibilidades de abordagens perante a linguagem do cinema digital, sua mise en scene, e os regimes racializados de representação, como apontado por Stuart Hall e aprofundado por Bell Hooks. Os filmes “Kbela” (2015, Yasmin Thayná, 23min) e “Travessia” (2017, Safira Moreira, 5min) são usados como exemplos para os caminhos possibilitados pela ascensão de um cinema digital, muitas vezes de baixo orçamento e ancorado pela produção de caráter coletivo. Dessa forma, o texto busca traçar paralelos entre a produção de Zózimo Bulbul e os trabalhos inspirados por ele dentro do cenário de curta-metragens nacionais contemporâneos, especialmente pela construção do corpo como um preceptor da linguagem cinematográfica.

Palavras-chave: Curta-metragem. Cinema Digital, Baixo-Oçamento.

Acesse o PDF com o texto completo AQUI.

Recebido em: 29/05/2021
Aprovado em: 27/06/2021

BIOGRAFIA DO AUTOR
Leonardo Martinelli é um cineasta carioca e mestrando em Comunicação Social na PUC-Rio. Seus curtas foram exibidos em mais de trezentos festivais de cinema e museus de todo o mundo, tendo ganho mais de setenta prêmios. As seleções do festival incluem Molodist, Biarritz, Toulouse, Ficunam, Rio, Chicago e outros. Em 2020, através de um votação de diversos críticos de cinema, Leonardo Martinelli foi citado um dos dez novos cineastas brasileiros, no portal Papo de Cinema. Sua pesquisa é centrada em torno do curta-metragem brasileiro contemporâneo e curadoria de festivais.

REFERÊNCIAS

FELINTO, Erick. Cinema e tecnologias digitais. In: MASCARELLO, Fernando. (Org.)
História do Cinema Mundial. Campinas: Papirus Editora, 2006.

HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: PUC-Rio Editora Apicuri, 2016.

HOOKS, Bell. O olhar opositor: mulheres negras espectadoras. In ___. Olhares negros: raça
e representação. São Paulo: Elefante, 2019.

IKEDA, Marcelo. Novos desafios na curadoria e programação no cinema brasileiro do
século XXI. In: MENOTTI, Gabriel. (Org.) Curadoria, cinema e outros modos de dar e ver.
Vitória: Edufes, 2018.

NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980). São Paulo:
Editora Contexto, 2001.

VIEIRA, João Luiz. O olhar e o corpo. In: O olhar e o corpo: aprendendo com Foucault. In:
LACERDA, Nilma; SIQUEIRA, Vera Helena Ferraz de; MIRANDA, Regina Lúcia Faria de.
(Org.). Práticas pedagógicas na pós-modernidade. 1ed.Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2013
Filmes:

“Alma no Olho” Brasil, 1974. 11 minutos. Direção de Zózimo Bulbul.

“Kbela” Brasil, 2015. 23 minutos. Direção de Yasmin Thayná.

“Travessia” Brasil, 2017. 5 minutos. Direção de Safira Moreira.

“O Nascimentos de uma Nação” Estados Unidos, 1915. 193 minutos. Direção de DW Griffith.

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